Faz mais de quatro meses que o jogo Gray Zone Warfare foi lançado pela MADFINGER games e, pelo que parece, a galera tá gostando! Esse FPS tático é cheio de impressões boas, tem um mundo imenso e mecânicas que lembram shooters de extração. E o melhor: promete evoluir ainda mais com o tempo.
Eu tive a sorte de conversar com o Marek Rabas, o CEO da MADFINGER, durante a Gamescom. A gente trocou umas ideias sobre o jogo, o futuro dele e, claro, a situação dos shooters táticos e de extração que estão bombando por aí.
“Eles Precisam de um Mercado Maior”
Todo mundo já percebeu que shooters de extração estão em alta nos últimos anos. Vimos várias opções surgindo e até empresas grandes como a Activision tentando se aventurar nesse estilo. Mas, sinceramente, tá ficando meio saturado, né? A MADFINGER tá focando em mudar essa parada e entregar algo diferente, mas ainda dentro do universo tático, por isso Gray Zone Warfare oferece algo bem fresco e promissor.
Durante a conversa, perguntei para o Marek o que ele achava dessa popularidade crescente de shooters de extração e se ele não concordava que o mercado podia estar se saturando:
“Tem uma caralhada de novos shooters de extração por aí. A galera ficou de olho no sucesso de Tarkov, até as grandes empresas – por isso que eles criaram o DMZ. Mas esses caras não têm coragem de fazer igual ao Tarkov. Eles precisam de um mercado maior, então não conseguem pegar a essência do Tarkov.”
“Muita gente, incluindo a gente, viu potencial nos shooters táticos. As empresas grandes começaram a só fazer battle royales e acabaram estragando os grandes nomes. Tipo, Call of Duty e Ghost Recon, acabaram com um pouco da magia deles.”
É, faz sentido. Muitos desenvolvedores que estão criando novos shooters de extração estão tentando deixá-los mais “fáceis” e acessíveis, até colocando umas funcionalidades pagas para simplificar o jogo.
O Marek enfatizou que quem busca um desafio de verdade só tem Tarkov, Arma ou Squad na jogada. Mas esses jogos têm suas limitações, como uma curva de aprendizado brutal ou elementos que fazem o jogador médio desistir, tipo a necessidade de ter um segundo monitor.
Com certeza, isso se aplica a Escape from Tarkov – se você não tá jogando com mapas, trackers de mercado, guias ou gráficos de balística na segunda tela, você é praticamente um profissional no jogo.
A MADFINGER decidiu alimentar a galera que quer um shooter tático e já tá dando resultado.
“Você Tenta Ser Diferente”
É óbvio que mais shooters de extração vão aparecer no mercado.
Tem uns títulos interessantes na fila, como Beautiful Light, Exoborne, Marathon, Delta Force, e vamos ver o que o ARC Raiders vai trazer. Recentemente, lançaram Arena Breakout Infinite e Level Zero: Extraction.
O Marek também comentou isso:
“Mais shooters de extração estão a caminho. A Tencent não é boba, por isso criaram o Arena (Breakout Infinite). Se as empresas deixarem de lado, novos jogos vão surgir para preencher a lacuna, e você (precisa) tentar ser diferente.”
“(Falando sobre Gray Zone Warfare) Por isso escolhemos que o jogo ia ser mais baseado em sessões e não em partidas. É uma experiência, não só competição, sabe? E escolhemos a selva porque todo mundo tá fazendo cenários urbanos.”
Tem quem diga que Gray Zone Warfare é um shooter de extração, mas não dá para colocar ele diretamente na mesma caixinha que Escape from Tarkov. Desde o cenário até as mecânicas militares e a jogabilidade única, tem muita coisa que diferencia GZW de Tarkov.
Na minha opinião, GZW tá mesclando bem os gêneros. É um shooter de extração que não é punitivo, um shooter tático que não é complexo demais e um milsim que é leve no sim. Além disso, é um jogo de sobrevivência que te “introduz” na ideia sem complicar.
Tem muito conteúdo ficando por aí para Gray Zone Warfare, então fica ligado na Insider Gaming para pegar todas as novidades sobre o jogo.
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