Confira a análise completa do filme sem spoilers!
Há algum tempo, as adaptações de videogames para o cinema e televisão têm mostrado um progresso impressionante. No entanto, poucos poderiam imaginar que Sonic estaria no centro de uma das trilogias mais admiradas pela crítica e pelo público na atualidade.
Com a chegada de Sonic 3 aos cinemas, o icônico ouriço das telas ratifica sua presença na sétima arte e abre um caminho promissor para a evolução da narrativa dos videogames nas telonas. Para a nova geração, parece que Sonic está gerando um entusiasmo semelhante ao que o MCU trouxe há alguns anos. A seguir, confira nossa análise completa de Sonic 3.
O Hype de Sonic 3 Está a Todo Vapor
Antes de falarmos sobre os detalhes do filme, eu preciso mencionar o que me chamou a atenção na sala de cinema durante a estreia — lotada, mesmo após dois dias de exibição. Era impressionante ver fãs de diferentes gerações juntos, desde os mais velhos, como eu, até uma grande quantidade de crianças. E isso é fundamental, pois é esse público mais jovem que a SEGA precisa conquistar para continuar relevante.
Como alguém que acompanhou a jornada do Shadow desde o seu primeiro jogo solo e presenciou sua transformação em meme por muitos anos, foi emocionante ver a reabilitação da imagem desse personagem ao longo do tempo. Vi o quanto as crianças na sala realmente se importavam com ele, vibrando e aplaudindo em diversos momentos. Foi uma experiência que me fez lembrar das emoções de assistir Vingadores: Ultimato.
Graças aos quadrinhos e animações, o Shadow se tornou um símbolo de diversão e adrenalina para jovens em todo o mundo. Ver Sonic, Shadow e seus companheiros ganhando o coração do público é algo que me deixou verdadeiramente feliz.
A Evolução dos Filmes do Sonic
Ao longo dos três filmes, fica evidente como a dinâmica das adaptações do Sonic tem se transformado. O primeiro longa-metragem, por exemplo, era quase uma viagem na estrada, com bastante foco em personagens humanos. Com o passar do tempo, a participação dos humanos foi diminuindo consideravelmente.
No segundo filme, houve um equilíbrio melhor, com a introdução de Tails e a construção do personagem Knuckles, mas a trama ainda mantinha um espaço considerável para as interações humanas. Já em Sonic 3, a presença de personagens humanos se torna quase nula, exceto pela participação do incrível Jim Carrey, que agora interpreta tanto o temido Eggman quanto o avô Gerald Robotnik. Essa mudança indica que o próximo filme pode se aproximar mais de uma animação do que de um live action. Por isso, Sonic 3 pode ser visto como um filme de transição.
A participação de Tom (James Marsden) e Maddie (Tika Sumpter) é ofuscada por outros personagens, e a diretora Rockwell (Krysten Ritter) acaba sendo subaproveitada. Porém, à medida que o filme avança, ele se compromete totalmente em ser uma adaptação de Sonic Adventure 2, compensando esses pecados anteriores.
Respeitando as Raízes dos Videogames
Se alguém me dissesse há anos que veríamos a relação entre Sonic e Maria sendo adaptada de forma tão sensacional para o cinema, que o Shadow andaria de moto e usaria uma pistola, e que músicas licenciadas dos jogos tocariam em momentos chave, eu não acreditaria. Mas aqui estamos, vivendo a melhor fase da franquia.
Embora eu tenha um carinho especial por várias adaptações de jogos, sinto que Sonic 3 conseguiu capturar a essência de “jogar um filme” de uma maneira que nem o novo filme do Super Mario conseguiu.
O filme está repleto de referências sutis e não tão sutis, mas nunca se torna forçado. O mesmo se aplica às piadas: nem todas são um sucesso, mas o respeito pela inteligência do público permanece intacto.
Com tantos acertos, Sonic 3 é imperdível para qualquer fã do personagem, além de ser uma excelente escolha para toda a família. Quem sabe ele não consegue conquistar ainda mais fãs para Sonic e Shadow?
