Mandragora: Sussurros da Árvore das Bruxas
Introdução
Mandragora: Sussurros da Árvore das Bruxas é uma combinação de dois gêneros conhecidos: o estilo Metroidvania e o modelo Soulslike. Se você já tem familiaridade com esses gêneros, provavelmente já formou uma ideia do que esperar do jogo. Entretanto, além dessa classificação inicial, há muito a se explorar.
Uma Premissa Simples
No começo de Mandragora, você assume o papel de um Inquisidor de Faelduum que, durante uma execução mal-sucedida, é possuído por uma bruxa. Sua missão é encontrar outra bruxa para provar sua lealdade ao reino, iniciando uma jornada que pode mudar o futuro da sua terra.
Narrativa e Interação
Ao contrário de muitos jogos que oferecem uma narrativa bem definida, Mandragora adota uma abordagem mais sutil. O enredo se revela através de interações com NPCs esparsos, fornecendo informações sobre o mundo e sua história. Embora a trama explore temas como as bruxas e uma essência misteriosa chamada Entropia, ela acaba servindo mais como um pano de fundo para a exploração e o combate do que como um elemento central.
Alguns NPCs se juntam ao seu acampamento, tornando-se mercadores e artesãos essenciais. Entre eles estão Ulfar, o ferreiro, e Alannah, a alquimista. As ilustrações desses personagens, com um estilo que lembra pinturas a óleo, são um destaque apreciável do jogo.
Combate e Variedade
Durante a primeira metade do jogo, senti que o ritmo e a variedade do combate estavam mal equilibrados. Você começa com ataques básicos e um rolamento de esquiva, o que resulta em batalhas repetitivas e lentas. Os inimigos, em sua maioria, exigem mais golpes do que o esperado para serem derrotados, o que pode acabar tornando as lutas cansativas.
Mesmo ao avançar no jogo, a variedade de inimigos e habilidades não parece mudar muito, levando à monotonia. As opções de personalização são limitadas, e embora haja modificações que você pode ajustar, como dano dos inimigos e custos de stamina, isso não muda muito a experiência de combate.
Classes e Bosses
Mandragora oferece seis classes iniciais, e escolhi o Vanguard, um paladino que usa espada e escudo. Embora isso ofereça certa flexibilidade, pode ser que uma escolha diferente de classe mude significativamente a experiência de jogo.
Um dos principais problemas do jogo está na variedade e no design dos chefes. Muitos deles são apenas versões ampliadas de inimigos comuns, o que pode tornar as batalhas menos emocionantes. Alguns chefes principais, como o Necromante, se destacam, mas a maioria dos confrontos se sente repetitiva.
Design de Mundo
Em termos de design, Mandragora apresenta elementos tradicionais de um jogo Metroidvania, como áreas inacessíveis que exigem upgrades para serem alcançadas. Entretanto, muitos locais são lineares, e os itens encontrados em explorações acabam sendo diagramas para fabricar novas armas.
Ao final do jogo, você precisará de equipamentos de alta qualidade para enfrentar os desafios finais, mas as exigências para isso são absurdas e desproporcionais. Isso sugere que os desenvolvedores não consideraram adequadamente o nível de recursos que os jogadores teriam ao longo da jornada.
Conclusão e Considerações Finais
Após finalizar Mandragora, notei que foi lançada uma atualização significativa que ajusta vários aspectos do jogo, incluindo estatísticas de inimigos e condições de craft. Isso demonstra que a desenvolvedora, a Primal Game Studio, está ouvindo o feedback dos jogadores.
Embora Mandragora tenha características que poderiam atrair diferentes públicos, como missões secundárias e segredos para descobrir, a sensação geral é que ele não vai além do superficial. A combinação de combates, narrativa e exploração acaba sendo apenas aceitável, mas sem se destacar em nenhum aspecto.
Avaliação: 6/10
Mandragora: Sussurros da Árvore das Bruxas está disponível para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S. Uma cópia do jogo foi fornecida ao RPG Site pelo editor.
Assista ao vídeo no YouTube para mais insights sobre a experiência de jogo!
Sinta-se à vontade para adaptar ou adicionar detalhes conforme necessário!